Ayodhya inaugura primeiro museu de cera do Ramayana durante Deepotsav 2025

Por Redação — Caminho da Índia - Última atualização em Sáb, 18 de out de 2025, 04:33

Ayodhya, Índia — Em meio aos preparativos para o grandioso festival Deepotsav 2025, a cidade de Ayodhya está prestes a inaugurar o primeiro museu de cera temático dedicado ao Ramayana. A instalação, anunciada pelo governo de Uttar Pradesh e o Ayodhya Municipal Corporation, pretende combinar fé, arte e tecnologia para proporcionar uma experiência imersiva aos visitantes.

Planejado para ser aberto durante o festival, o museu ocupará cerca de 9.850 pés quadrados (~914 m²) e foi construído ao custo de ₹ 6 crores (US$ 720 mil). Ele apresentará 50 estátuas realistas de personagens centrais do épico hindu — como Ram, Sita, Hanuman e Ravana — dispostas em cenas emblemáticas da narrativa, desde a infância de Ram até a batalha final.

Experiência imersiva com arte digital e tecnologia

Além das estátuas, o museu usará projeções 3D, efeitos de luz e som para recriar ambientes da narrativa do Ramayana. Alguns espaços contarão com ambientação em estilo arquitetônico do sul da Índia e trilha sonora adequada ao contexto mitológico.

Para manter a atmosfera espiritual e confortável, o local será climatizado, com controle de temperatura, segurança 24 horas, vigilância CCTV e capacidade limitada (máximo de 100 visitantes por vez) para garantir uma visita íntima e contemplativa.

Deepotsav e outras inovações culturais

A inauguração do museu faz parte de uma série de inovações planejadas para o Deepotsav 2025. Entre elas estão colunas digitais que contarão cenas da vida de Ram ao longo do trajeto de Dharmapath, com projeções visuais que guiarão os visitantes.

Além disso, eventos internacionais de Ramlila com artistas de países como Rússia, Tailândia, Indonésia e Sri Lanka enriquecerão a programação cultural.

Impacto no turismo e legado cultural

Com esse museu, Ayodhya espera atrair ainda mais peregrinos, turistas culturais e estudiosos do mundo todo. O museu pode se tornar um ponto de parada obrigatório em roteiros devocionais e viagens temáticas da Índia.

As receitas de bilheteria deverão contribuir com 12% para o desenvolvimento local, e a iniciativa é vista como parte de uma estratégia mais ampla para posicionar Ayodhya como um polo espiritual global moderno.

Perspectiva para além do Deepotsav

Embora o museu abra durante o festival, espera-se que ele permaneça ativo o ano inteiro, integrando-se aos circuitos de turismo espiritual (“Ram Yatra”) e cultural. A presença de instalações permanentes como essa pode transformar a dinâmica turística e impactar o comércio local, hotelaria e transporte.

O lançamento também sinaliza que o turismo indiano está adotando formatos híbridos — fé + tecnologia + experiência educativa — para captar públicos diversos no século XXI.