Nova Déli, Índia — Em um momento decisivo para o setor de tecnologia indiano, o país superou US$ 20 bilhões em compromissos acumulados e novos investimentos em inteligência artificial (IA) até 2025, conforme estimativas do Ministry of Electronics and Information Technology (MeitY). Este marco consolida a Índia como um dos principais polos emergentes em IA no cenário global.
Fatores que impulsionaram o salto
Dados do relatório Stanford AI Index Report 2025 apontam que até o fim de 2024 a Índia havia acumulado cerca de US$ 11,1 bilhões em investimentos privados em IA, e cerca de US$ 12,3 bilhões incluindo os públicos. O crescimento recente deve-se à combinação de grandes iniciativas privadas e políticas públicas que apoiam computação em grande escala, data centers, startups e parcerias internacionais.
Segundo o MeitY, o setor de tecnologia da Índia está projetado para faturar acima de US$ 280 bilhões em 2025. Além disso, mais de 6 milhões de pessoas já trabalham no ecossistema de IA e tecnologia no país.
Impactos para a economia e tecnologia indianas
Este avanço coloca a Índia em posição de destaque entre economias emergentes que buscam liderança em IA. Especialistas afirmam que este investimento poderá gerar um mercado doméstico de IA estimado entre US$ 20 e 22 bilhões até 2027, crescendo a uma taxa anual de aproximadamente 30 %.
Para além da tecnologia, o efeito se estende à economia como um todo: o fortalecimento da infraestrutura digital, capacitação de talento e inovação local contribuem para maior competitividade global e oportunidades de exportação de soluções tecnológicas indianas.
Desafios e próximos passos
Embora o feito seja significativo, analistas alertam que a Índia ainda precisa avançar em pesquisa fundamental, patentes e desenvolvimento de modelos de IA de nível global para sustentar a liderança nas próximas décadas.
O foco agora recai sobre ampliar data centers, redes de alto desempenho, incentivos para startups, regulação ética e infraestrutura de IA que possam suportar a escala global. O governo já trabalha para que a Índia seja um centro global de IA, não apenas um usuário, mas também criador de tecnologias de ponta.